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Discutir a Educação para as Relações Étnico-Raciais se constitui no cenário atual, um desafio com enfrentamentos a serem concretizados a muitas mãos. Entender o empreendimento realizado por atores sociais no fortalecimento desta temática como um compromisso social, acadêmico, político e cidadão que demanda visibilidade para a materialização da discussão da Erer no cenário atual parece imperativo.

Os NEAB e NEABIs aqui reunidos, as instituições e os quinze pesquisadores/as mobilizados pelo objetivo comum de uma educação antirracista, socializam suas experiências para a enfrentamento do racismo e da discriminação racial por meio de processos formativos de toda a natureza.

As estratégias pedagógicas concretizadas pelos diferentes Núcleos de Estudos, sinalizam os diferentes processos de intervenção, seja por meio da extensão, como o caso dos NEABIs/IFPA dos Campi de Abaetetuba; Altamira; Belém; Breves; Itaituba e Parauapebas, seja por meio da pesquisa, como é ocaso do Núcleo GERA, com a pesquisa “Para além da sala de aula  – sociabilidades adolescentes, relações étnico-raciais e ação pedagógica (2018-2019)” (pesquisa em andamento, sob financiamento do CNPq) cujo objetivo incide sobre as ações pedagógicas e sobre as sociabilidades adolescentes, no tocante a subversão do racismo e da discriminação racial.

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Resultantes das discussões de um curso de Aperfeiçoamento em Relações Étnico-raciais na Educação Básica, as discussões deste livro conformam-se pelos aspectos a partir dos quais o curso fora encaminhado, qual seja, o atendimento ao que demanda a legislação brasileira no tocante à diversidade étnico-racial e a formação inicial e continuada de professores, dentre os quais, a Resolução n. 02/2015, que prevê, entre os seus diversos artigos, a qualificação dos profissionais da Educação Básica para o desenvolvimento de práticas pedagógicas comprometidas com a diversidade cultural, por intermédio da formação inicial e continuada. Além desse aspecto, a ampliação do debate qualificado sobre a temática da educação étnico-racial na Região Norte do Brasil, pois impacta social e academicamente os professores das redes públicas de ensino e discentes da graduação e pós-graduação da UFPA com vistas a uma educação antirracista. As interlocuções estabelecidas entre os professores-cursistas da Educação Básica e os professores-formadores, foram fundamentais para as reflexões sobre a prática bem como para os processos de construção de estratégias pedagógicas voltadas para a Educação das Relações Étnico-Raciais (ERER) em diferentes áreas do conhecimento. Tal interlocução contribuiu no processo formativo de ambos, já que, por meio dessa dinâmica realizavam a troca de experiências no tocante às suas práticas profissionais. Esse empreendimento formativo encaminhou a compreensão de uma educação inclusiva e para a diversidade como estratégia pedagógica para o enfrentamento dos desafios impostos no contexto escolar acerca da questão étnico-racial.




Esta coletânea intitulada Relações Étnico-raciais para o Ensino Fundamental: projetos de intervenção escolar se materializa como um dos produtos do curso de Especialização Relações Étnico-raciais para o Ensino Fundamental (edição 2015-2016) e "sinaliza uma proposta educativa exequível" para o trato pedagógico da diversidade na Educação Básica. Tal proposta se efetiva por meio de uma perspectiva interdisciplinar e coletiva, cujos projetos escolares foram elaborados a partir das orientações, debates, reformulações e experiências educacionais dos professores-cursistas e em coautoria com professores-formadores. Assim, se efetiva em material didático passível de crítica, revisões e utilização por professoras e professores na escola básica.






Dentre os vários desafios que a Escola enfrente, o trato com a Diferença é dos mais sensíveis. Isto se dá não apenas porque lidar com a Diferença exige o enfrentamento de questões delicadas, como gênero, raça, preconceito, discriminação, mas sobretudo, porque abordar os temas que lhe são relativos exige a crítica às representações sociais, a partir das quais se lê e se dá a ler o mundo. Abordar a Diferença, implica, necessariamente, em uma postura de questionamento acerca das fórmulas geralmente acionadas para estabelecer lugares sociais e fundamentar hierarquias. Nada disso se faz sem reflexão e sem embasamento. O livro Debates interdisciplinares sobre a diversidade e educação aborda o tema a partir de questões diferentes, considerando a produção acadêmica, os discursos sociais, as práticas docentes, os processos de formação continuada e as dinâmicas da Escola.  Os textos aqui reunidos, expressam o investimento feito pelo NEAB-GERA/UFPA na formação de quadros, especialmente na compreensão do professor como um intelectual produtor de conhecimentos e formulador de reflexões acerca dos temas que envolvem o universo no qual exerce seu ofício. Os temas abordados nesta Coletânea resultam de reflexões desenvolvidas no âmbito de sua formação na pós-graduação, sob a orientação de seus professores.




Este livro reúne as ações desenvolvidas pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Formação de Professores e Relações Étnico-Raciais - Núcleo Gera, da Universidade Federal do Pará. Apresenta uma diversificada e profusa produção, pois sintetiza o vínculo que empresta significado à atuação universitária - ensino, pesquisa e extensão. Nascido há dez anos, iniciou suas atividades como um grupo que realizava pesquisas em torno dos processos de formação docente, percebidos a partir do lugar que neles ocupa a questão da educação para as relações étnico-raciais. O Gera tem pautado a sua trajetória por meio da manutenção de um compromisso que é tanto ético quanto cívico. Ele é ético, pois procura reunir em sua atuação a vocação universitária. É cívico porque entende a formação docente como algo mais que a qualificação profissional, percebida como o dimensionamento de um compromisso político, posto ser a escola o espaço inicial de exercício de direitos e, por extensão, da cidadania. Ser professor no Brasil, neste sentido, é trabalhar para a reversão do quadro de injustiças, de desrespeitos e de deformações que caracterizam a vida brasileira, do qual a discriminação racial é uma faceta, não a única, porém, mais vil e perniciosa que as demais.




Discutir sobre diversidade no Brasil não se constitui uma tarefa fácil. Nos últimos quinze anos, em razão dos avanços das políticas públicas no tocante a inclusão, tanto na educação básica quanto no ensino superior, essas alcançaram níveis jamais vistos, em relação a formação inicial e continuada e, sobretudo, frente a problematização das práticas docentes. Nesse cenário atual, diante de ataques à democracia e o recrudescimento de tais políticas encontram-se em risco e, por por consequência, as conquistas e os avanços relacionados às ações havidas em âmbito nacional também. Reflexões, debates de toda a natureza, produções científicas e circunstanciadas são relevantes para que mantenhamos essa temática em pauta, ainda que, o futuro apresente grandes desafios. 




A formação de professores no Brasil tornou-se estrutural na produção do conhecimento e no encaminhamento de proposições nas políticas educacionais nas últimas décadas. Tal formação pressupõe interações para além do campo disciplinar, especialmente na inflexão de novas epistemologias no sentido de problematizar pressupostos eurocêntricos na formação de uma nova geração de professores para a Escola Básica.

Este livro problematiza o tema formação de professores e debates a ele relacionados, tais como a produção intelectual docente nos programas de pós-graduação em Educação, trabalho pedagógico no universo educacional, sociabilidades adolescentes, diversidade, preconceito e discriminação no âmbito educacional. Nessa última década, diversas publicações foram empreendidas pelo Núcleo GERA, da UFPA, com vistas a interlocução entre a universidade e a Escola Básica, especialmente, no que diz respeito à formulação de práticas de formação que reflitam a realidade da escola por meio da produção engendrada na universidade e vice-versa.




Os avanços nas pesquisas científicas no campo da educação acerca das matrizes culturais africanas

e indígenas no Brasil ganharam novos contornos a partir da implementação das Leis nº 10.639/2003 e 11.645/2008 na escola. Foi a partir delas que o Ensino de História e cultura afro-brasileira, abraçando a história e a cultura da África e das populações indígenas, passou a figurar nos currículos escolares. Contudo, a produção intelectual gestada sobre o tema reflete de modo tímido nas práticas pedagógicas, nas orientações curriculares da educação básica e na formação de professores. A não implementação desses marcos legislativos nas instituições escolares reforça um currículo eurocêntrico, que não contempla a diversidade étnico-racial e cultural brasileira na sala de aula. Os ensaios apresentados neste livro problematizam e refletem acerca da abrangência do sentido de formar professores para o enfrentamento das relações étnico-raciais na escola, uma vez que descolonizar o pensamento e problematizar as ideologias presentes nos artefatos culturais materiais como o livro didático, constituem-se em bifurcações estruturais para operar alterações curriculares significativas na educação brasileira neste século XXV.





Entendemos que a formação inicial de professores, articulada ao campo das relações étnico-raciais, pressupõe interações para além do campo disciplinar, especialmente na inflexão de novas epistemologias, no sentido de problematizar pressupostos eurocêntricos na formação de uma nova geração de professores para a Escola Básica.

Assim, cremos na urgência por uma formação de professores e professoras capazes de proporem uma nova prática pedagógica crítica que subverta a educação eurocêntrica e na formulação de conteúdos escolares que espelhem a diversidade da sociedade brasileira – e, por conseguinte, formem novas gerações que compreendam a diversidade e a diferença na sala de aula e para além dela





O conjunto de textos que compõem este livro é oriundo das investigações desenvolvidas no Núcleo de

Estudos e Pesquisas sobre Formação de Professores e Relações Étnico-Raciais (NEAB-GERA), da Universidade Federal do Pará, e problematiza a formação docente e suas interfaces com a Educação, o ensino de História e seus desdobramentos a partir da Lei nº 10.639/2003. As discussões e análises abracam  temas caros à educação brasileira, como discriminação, preconceito; identidade; relações hierarquicas na escola; sociabilidades juvenis; luta pela igualdade racial; política educacional no Brasil; currículo; relações de poder e invisibilidade entre grupos sociais; negação da cidadania; fragilização das ações pedagógicas frente ao trabalho docente e temáticas correlacionadas. Politizar o pensamento e desconstruir práticas pedagógicas e estereotipias enraizadas no âmbito da escola, que reforçam ações discriminatórias e preconceituosas, constituem-se  os propósitos centrais dos estudos aqui apresentados.



Este almanaque será um convite para descobrirmos e tomarmos consciência da importância da educação e da diversidade na Amazônia, principalmente saberes sobre dança, arte marajoara, culinária, diversidade étnico-racial, religiosidade, esporte, música, moda, política, saúde, respeito às diferenças, gênero, raça, etnia. O propósito aqui empreendido não é, nem jamais poderia ser, oferecer soluções ou aplicabilidade a toda e qualquer situação educativa. Contudo, em todos os textos incluídos, encontra-se a preocupação com a escola, com o professor e com o aluno do Ensino Fundamental. Entrar nesse universo permitirá compreender, de forma panorâmica, a sociodiversidade amazônica.






Com a promulgação das Leis nº 10.639/2003 e nº 11.645/2008 urge a necessidade de ampliação das
 discussões que reflitam consubstancialmente a temática na perspectiva da diversidade e da formação. Consoante a este propósito, este 2º Livro da Coleção objetiva contribuir para o fortalecimento no campo da formação de professores e relações étnico-raciais no Brasil. Entre os autores, figuram Renato Noguera, Márcio André de Oliveira dos Santos, Fernanda Felisberto, Ricardo Riso, Rosana Heringer, Osmundo Pinho, Beatriz Giugliani, Maria Cláudia Cardoso Ferreira, Sandra Haydée Petit, Nilma Lino Gomes e Marlene de Araújo.



Entre virtudes e vícios
reúne cinco ensaios autônomos e complementares e aposta em uma nova história da educação no Brasil. Desconstrói as formulações, representações e imagens negativas que o senso comum construiu e alimentou sobre as culturas afro-brasileiras e indígenas, porque entende que essas imagens que insistem em permanecer no nosso imaginário reforçam antigos preconceitos que impedem o crescimento igualitário do país. Este livro caminha em direção a uma proposta de educação que comporta o diverso como um valor importante na estruturação de um país menos arrogante, porque tolerante e respeitoso com a diversidade cultural brasileira.






"Um dos grandes desafios da pesquisa em Educação, segundo nos parece, é compreender os agentes e as práticas escolares, de modo a desvendar os processos por que passa a escola no tempo presente".
"Estas reflexões têm a compreensão de que o processo de socialização entre adolescentes negros e seus pares, no interior da escola, não pode ser desvinculado dos processos presentes na sociedade brasileiras".
"Esses estudos impulsionam o debate sobre a superação do racismo, discriminação e preconceito racial nos diferentes campos sociais".
As afirmações acima são uma pequena amostra da diversidade de ideais reunidas neste livro. Quinze autores, cada um com o seu quinhão, discorrem sobre questões referentes às investigações sobre a educação das relações étnico-raciais e como tem despertado o interesse de crescente número de pessoas, principalmente de pesquisadores, professores, estudantes de iniciação científica, que se preocupam em compreender esse processo e participar de alguns dos principais desafios que temos pela frente, em termos de maior conhecimento da temática e de necessidade de aprofundamento de análises e proposições. Na busca desse conhecimento, o Núcleo GERA traz a público, em natureza científica, essa coletânea de artigos, frutos de estudos e pesquisas de uma vasta coletividade de estudiosos. 
 



Os textos que compõem este livro, em cada medida, dão conta da trajetória da pesquisa sobre a questão étnico-"racial". Produzidos em momentos distintos, eles configuram abordagens classificadas tanto como históricas quanto pedagógicas. Eles testemunham uma inquietação sobre como a questão vem sendo pensada no universo acadêmico e como ela tem sido praticada nos ambientes escolares. 


Nesse sentido, os textos guardam uma unidade: a reflexão teórica a serviço não somente da compreensão do campo de estudo, mas da formulação de alternativas que evitem a reprodução do preconceito e da discriminação travestidos em conteúdos ou práticas pedagógicas da Educação Básica. (O livro tem sua primeira edição publicada no ano de 2012).   







O livro "Trajetórias da Diversidade na Educação - formação, patrimônio e identidade" reúne reflexões originadas de um compromisso que é, a um só tempo, acadêmico e político: construir uma Escola que promova uma educação que perceba a diferença como um valor e que não reproduza dois vícios de nossa sociedade: o racismo e o preconceito. Como já foi dito por mais de uma vez e por mais de uma pessoa, o racismo e seus desdobramentos são apreendidos, eles não são inerentes. Logo, condená-los e abandoná-los requer um aprendizado. O livro modestamente almeja ser uma contribuição para a implementação de uma Educação comprometida com a erradicação da discriminação e do preconceito do cotidiano escolar. Convidamos todos e todas à leitura!. (A primeira edição da obra encontra-se publicada no ano de 2012).



Wilma de Nazaré Baía Coelho
Mauro Cezar Coelho
Carlos Aldemir Farias
Iran Abreu Mendes



A diversidade dos objetos de investigação tratados neste livro percorrem um longo caminho, que vai deste uma análise da experiência norte-americana sobre as ações afirmativas; passa pelo movimento da cultura Hip-Hop no Brasil; deflagra, a partir das narrativas orais, os processos de educação e memória sobre o que vem a ser quilombola, até chegar ao pertencimento racial e ás relações sociais estabelecidas em alguns espaços escolares da região amazônica. As discussões trazidas à tona  apontam, sobretudo para a valorização da identidade negra no sistema educacional brasileiro e para o fortalecimento de uma identidade positiva no tocante à superação da marca racial por meio das políticas de ações afirmativas e marcos regulatórios. Os autores debatem, ainda, questões que atualmente estão sob o impacto das representações acerca de raça, etnia, preconceito e discriminação racial, bem como suas implicações no processo educacional, especialmente quando relacionados a formação de professores, de modo a vislumbrar como os novos marcos legais com a questão étnico-racial têm sido implementados nas escolas da região  Norte, a partir das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008. (O livro encontra-se publicado em sua 1ª edição no ano de 2010).

Carlos Aldemir Farias – P UC/SP
Iran Abreu Mendes – UFRN
Coordenadores da Coleção






É notório perceber que o processo educacional e o investimento em educação no Brasil nas últimas décadas vêm apresentando melhores resultados. No entanto, a formação de profissionais para atuar neste setor não se exime de críticas e questionamentos que nos fazem refletir sobre a realidade, principalmente quando se refere à questão étnico-racial, latente em nossa sociedade e esporadicamente divulgada nos meios de comunicação.
A obra “Estratégias pedagógicas para a abordagem da questão racial na escola”, oriunda de um Curso de Especialização coordenado pela Profa. Dra. Wilma de Nazaré Baía Coelho, nos oferece proposições direcionadas à prática docente. Longe de manuais ou roteiros, são apresentadas pesquisas que estimulam a reflexão sobre técnicas e conteúdos de questões étnico-raciais na educação formal, com ênfase no Ensino Fundamental. Trata-se de uma abordagem reflexiva e provocativa, que a caracteriza como um diferencial no trato dessas questões. (A obra encontra-se publicada em sua 1ª edição no ano de 2011).

Sérgio Cardoso de Moraes – UFPA








Este livro se situa como uma contribuição para a construção da massa crítica necessária à reflexão sobre o processo educacional e sobre a revisão do que ele tem de nocivo – a reprodução do preconceito e das práticas discriminatórias. Uma contribuição que se debate com os limites impostos pela pesquisa feita e com as dificuldades inerentes à construção de uma boa base teórica sólida para a compreensão da questão, sem as facilidades de um discurso próprio para os momentos de catarse, mas pouco produtivo para a construção de soluções. (O livro possui a 1ª edição publicada no ano de 2009 e a 2ª em 2010). 










Este livro apresenta uma coletânea de treze artigos que discutem, analisam e refletem sobre educação e diversidade cultural no Brasil, especificamente na Amazônia. Os enfoques recaem sobre os textos do racismo, da discriminação e dos preconceitos expressos nos livros didáticos, nas práticas escolares e nas narrativas do sujeitos. Ideias, conceitos e olhares diversos se interconectaram para refletir sobre a implementação da Lei nº 10.639/2003 na Educação Básica; Sobre a ausência e o tratamento dispensado às populações indígenas e afrodescendentes nos livros didáticos; sobre as identidades negadas; sobre o currículo e as relações étnico-raciais na escolas. Operar uma mudança de foco na educação, politizar a atuação dos professores e desconstruir as representações discriminatórias sofridas pelos sujeitos nos espaços escolares do Brasil se constituem nas apostas deste livro. (A obra encontra-se publicada em sua 1ª edição no ano de 2010).

Carlos Aldemir Farias da Silva – PUC/SP





Este livro diagnostica um dos graves problemas da Educação no Brasil: o não enfrentamento da discriminação e do preconceito. Mais do que denunciar sua existência, ele analisa uma de suas matrizes: a ausência da discussão sobre Raça, Cor e Preconceito na formação do docente. muitos podem querer acreditar que isto é consequência do processo de miscigenação vivido no Brasil, o qual exclui o racismo da prática social, ao menos dentro do espaço escolar. Trata-se de uma leitura obrigatória, sob vários aspectos: deslinda um universo educacional pouco conhecido, como é, de resto, boa parte da experiência vivida pelas populações da Amazônia Brasileira; analisa, dentro desse universo, uma das origens da discriminação no universo escolar; discute, sob uma perspectiva muito interessante, o lugar da educação escolar reprodutora da matriz social ( em suas virtudes e vícios) ou depuradora das concepções que o senso comum institui. (O livro encontra-se publicado em sua 1ª edição no ano de 2006 e a 2ª no ano de 2009).

Mauro Cezar Coelho – UFPA